Marrocos mata<br>mais um jovem saaráui

O jovem Abdul Baqi Aliyen Antahah, de 22 anos, morreu a 26 de Janeiro, após cinco dias de torturas brutais a que foi sujeito pelos guardas da prisão negra de El Aaiun, informa a organização de Direitos Humanos para o Saara Ocidental Adala UK.

Abdul Baqi cumpriu apenas um mês da pena de ano e meio a que estava condenado. Durante esse mês reclamou diversas vezes contra as condições sub-humanas da prisão e as humilhações diárias que sofrem os presos saaráuis, mas a única resposta que obteve foi ser colocado numa cela de isolamento onde foi selvaticamente torturado.

Segundo a Adala UK, com base no testemunho de outro preso, «o corpo de Abdul Baqui tinha marcas horríveis das torturas a que foi sujeito e ao contrário da versão oficial das autoridades marroquinas Abdul não esteve envolvido em qualquer briga com outros presos, nem cometeu suicídio – Abdul Baqi estava inconsciente desde sexta-feira [23] e não recebeu qualquer tipo de assistência médica, o que levou à sua morte».

Lembrando que as «mortes de presos por negligencia médica grave e torturas brutais são frequentes nas prisões marroquinas», a organização denuncia as condições «subhumanas» das prisões marroquinas, destacando-se a de El Aaiún por ser particularmente horrenda, sem as mínimas condições de higiene, com celas exíguas e sobrelotadas sem ventilação nem iluminação, alimentação insuficiente, propiciando a proliferação de doenças infecto-contagiosas.

A Adala UK apela à comunidade internacional que accione os mecanismos necessários para que seja investigada a morte de Abdul Baqi por uma equipa internacional e espera que o Conselho de Segurança das Nações Unidas na próxima reunião de Abril decida finalmente implementar a realização do referendo sucessivamente adiada há 24 anos.

 



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